Restauração de Portugal e morte de Miguel de Vasconcelos
Autor da obra: Antonio Fernandez.
Coleção: Centro Cultural Português de Santos.
Data: Sem data (início do séc. XX).
Técnica: Óleo sobre tela.
Dimensão: 1,63 x 1,98 m.
Restauração de Portugal e morte de Miguel de Vasconcelos
A Restauração da Independência ou Restauração de Portugal foi um processo histórico que procurou a autonomia portuguesa após sessenta anos de União Ibérica (1580-1640). É o nome que se dá ao golpe de estado revolucionário ocorrido a 1 de dezembro de 1640, chefiado por um grupo designado de «Os Quarenta Conjurados» e que
se alastrou por todo o reino, pela revolta dos portugueses contra a tentativa da anulação da independência do Reino de Portugal pela governação da dinastia filipina castelhana (a dinastia filipina ou dinastia de Habsburgo foi a dinastia real que reinou em Portugal durante o período de união pessoal entre este país e a Espanha, isto é, em que o Rei de Espanha era simultaneamente o Rei de Portugal).
Esse golpe culminou com a instauração da 4.ª Dinastia Portuguesa — a Casa de Bragança — com a aclamação de D. João IV, seguindo-se um período de 28 anos de guerra com a Coroa de Castela.
Miguel de Vasconcelos desempenhou, no Reino de Portugal, os cargos de escrivão da Fazenda e de secretário de Estado (primeiro-ministro) de Margarida de Sabóia, duquesa de Mântua, vice-Rainha de Portugal, em nome do Rei D. Filipe III (Filipe IV de Espanha) e valido do conde duque de Olivares. O povo tinha-lhe ódio por, sendo português, colaborar com a representante da dominação filipina. Tinha alcançado, da corte castelhana de Madrid, plenos poderes para aplicar em Portugal pesados impostos, que deram origem à revolta das Alterações de Évora (Revolta do Manuelinho) e motins em outras terras do Alentejo. Foi a primeira vítima do golpe de estado do 1.º de Dezembro de 1640.
Depois de morto, foi arremessado da janela do Paço Real de Lisboa para o Terreiro do Paço, pelos conjurados. O corpo caiu no meio de uma multidão enfurecida que descarregou sobre o mesmo todo o seu ódio, cometendo verdadeiras atrocidades. O cadáver permaneceu no mesmo local para ser lambido pelos cães, símbolo da mais pura profanação.
Essa é a cena retratada no quadro do acervo do Centro Cultural Português.
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